Quando se enfrenta um sintoma que provoca sofrimento e que se arrasta por algum tempo, surge a dúvida sobre procurar uma psicóloga. Nesse caso os pensamentos mais comuns são:
“É só uma fase”
“Tem pessoas com problemas maiores”
Se esse for o seu caso, as perguntas abaixo podem ajudar.
- Seus sintomas estão causando prejuízos à sua qualidade de vida?
- Eles prejudicam seu trabalho ou relacionamentos amorosos e sociais?
- Há prejuízos na sua auto estima?
- Há prejuízos na sua capacidade de relaxar ou aproveitar atividades que costumava gostar?
- Você tem sentido muito cansaço, estresse ou falta de motivação?
- Você tem tido insônia?
- Os sintomas tem prejudicado a execução de atividades diárias?
Se você responder que sim a uma ou mais perguntas
- Isso tem ocorrido de forma frequente e/ou há algum tempo?
- É uma dificuldade cíclica? Você melhora por algum tempo e depois ela retorna?
Quando enfrentamos dificuldades, é comum a utilização de algumas estratégias como tentar não pensar no que incomoda ou se distrair com outra atividade. Em alguns casos essas estratégias realmente funcionam, porém, muitas vezes essas estratégias inclusive amplificamos sintomas apresentados, fazendo com que eles apareçam cada vez com mais frequência e intensidade. Em outras situações as dificuldades se tornam cíclicas, quando há a utilização de alguma estratégia os sintomas desaparecem, porém retornam depois de algum tempo.
Com a psicoterapia é possível entender melhor as dificuldades apresentadas e adotar novas estratégias que sejam voltadas à resolução de problemas. Em muitos casos é possível reestruturar cognições e testar comportamentos completamente diferentes para que os resultados sejam mais efetivos e duradouros.
Caso ainda fique pensando que há pessoas com dificuldades maiores que a sua e que elas estão lidando com isso sem procurar ajuda, saiba que:
Você não conhece tudo sobre os outros, eles podem estar mal pra caramba sem que você saiba
Sofrimento não é competição, há vários fatores desencadeantes de sintomas e transtornos, não há como quantificar sofrimento baseado em uma lógica simplista
Para saber mais:
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5: manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 992p.
BECK, J. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. 414p.
Foto: Shidlovski
Pingback: 10 dúvidas comuns sobre terapia – Priscila Rech