A procrastinação é uma estratégia de evitação bastante comum. Outros exemplos de evitação podem ser uso de substâncias, comer em excesso e trabalhar em excesso.
Afinal, o que é a evitação?
É o ato de evitar algo que gera sentimentos ruins, mais comumente medo ou ansiedade. O mecanismo da evitação é muito simples: quando sentimos muita ansiedade, por exemplo, podemos desistir da situação que estava provocando essa ansiedade e assim ela reduz instantaneamente.
Embora pareça muito interessante em curto prazo, a evitação traz alguns prejuízos em longo prazo. O primeiro é o fato de ela ser auto reforçada. Como evitar reduz o sentimento negativo – e isso é bom – você vai acabar repetindo isso novamente, e novamente…
Vamos exemplificar assim: você pode começar evitando uma entrevista de emprego muito desafiadora e que gere muita ansiedade. Na próxima entrevista, pode ficar mais fácil evitar novamente e isso pode se expandir para outras áreas da sua vida, como evitar aviões ou locais com muitas pessoas. Enfim, tudo que possa gerar algum nível de ansiedade.
Com isso, a evitação pode fazer com que várias oportunidades sejam perdidas e ainda ela impede o aprendizado. Se expondo a uma entrevista de emprego é possível aprender como entrevistas funcionam e, com o tempo, melhorar seu desempenho em entrevistas. Evitando se expor a entrevistas seu desempenho não melhora.
Todas as outras formas de evitação, como procrastinação ou o uso de substâncias, acabam tendo esse mesmo mecanismo autoperpetuador.
Porém, não vamos catastrofizar, não somos máquinas e não produzimos o tempo todo. É comum ficarmos cansados e desanimados. A evitação deve ser combatida quando traz prejuízos para a vida do indivíduo.
Algumas formas mais comuns de evitação:
Uso de substâncias
Comer compulsivo
Exercícios físicos excessivos
Trabalho excessivo
Procrastinação
Isolamento social
Referências David, C. Beck, A. (2012). Terapia cognitiva para os transtornos de ansiedade. Porto Alegre: Artmed.
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