Os pensamentos automáticos são pensamentos que passam por nossa mente quase o tempo todo e, na maior parte do tempo, não damos conta da sua existência.
Esses pensamentos não são exclusivos de pessoas em sofrimento, eles estão presentes na
mente de todas as pessoas e influenciam a maneira como elas se sentem e se comportam.
Os pensamentos automáticos podem se tornar disfuncionais em algumas situações, influenciando a interpretação que temos sobre elas e, consequentemente,
de nossos sentimentos e comportamentos.
O exemplo abaixo pode ajudar a compreender melhor essa influência.
Situação:
Precisar estudar para uma prova.
Pensamento automático:
Eu sou burro e não vou aprender nada mesmo.
A prova vai ser muito difícil e nada que eu fizer vai melhorar isso.
Sentimento:
Tristeza e frustração.
Comportamento:
Assistir tv ao invés de estudar.
Nesse exemplo, é possível perceber a estreita relação entre pensamentos, sentimentos e comportamentos. Se você ainda não entendeu completamente, tente trocar esse pensamento automático por outro. Por exemplo, se essa mesma pessoa pensasse que a prova será fácil e que só é necessário se dedicar para ir bem, é provável que ele se sentisse confiante e estudasse.
Os pensamentos automáticos podem se manifestar em forma de sentenças, como as
anteriores, ou também podem ser em forma de imagens mentais. Como se imaginar
sentado em frente à prova sem saber nada, ou imaginar seus colegas rindo do seu
resultado.
Muitas vezes, esses pensamentos acabam nutrindo eles mesmos. No exemplo anterior,
se essa pessoa não estudar para a prova, há uma chance maior dela ir mal. Indo mal na
prova, isso irá reforçar o entendimento de que ele é burro, e contribuirá na manutenção desse ciclo chamado pensamento automático.
Referências
Beck, J. (2013). Terapia Cognitivo-Comportamental: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed.