A terapia cognitiva surgiu com uma série de pesquisas desenvolvidas por Aaron Beck na década de 60. Durante esses experimentos realizados em pacientes com depressão, ele identificou cognições distorcidas, como características primárias da depressão.
Ele começou a identificar que esses pacientes tinham pensamentos automáticos negativos, e que esses pensamentos estavam relacionados às emoções que esses pacientes sentiam. Quando esses pensamentos eram trabalhados, os pacientes melhoravam rapidamente.
Com isso, Beck percebeu a relação entre pensamentos, sentimentos e comportamentos. Basicamente, nossos pensamentos influenciam em como nos sentimos e como nos comportamos. A partir dessas pesquisas surgiu a terapia cognitiva, e sua aplicabilidade foi ampliada para uma diversidade de transtornos e sintomas.
Um dos pilares da terapia cognitiva é chamado de tríade cognitiva, que é composta de pensamentos sobre si, sobre o mundo e sobre o futuro. A tríade cognitva da depressão, por exemplo, é composta de pensamentos negativos sobre si (ex. sou fracasso, incapaz), sobre o mundo (as pessoas são críticas, o mundo não é um lugar seguro) e sobre o futuro (não há nada de bom me esperando no futuro).
As sessões de terapia cognitiva são inicialmente focadas em nossos pensamentos e em como eles influenciam nossos sentimentos e comportamentos. Busca-se identificar possíveis pensamentos disfuncionais e posteriormente modificá-los para, consequentemente, refletir na mudança de sentimentos e comportamentos.
Referências
Beck, J. (2013). Terapia Cognitivo-Comportamental: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed