Eu estava lendo alguns materiais sobre relacionamentos instáveis e me deparei com esse livro de Robin Norwood, chamado mulheres que amam demais. Achei o título um pouco clichê, mas sempre acho interessante ter livros para indicar para os pacientes e para poder fazer isso preciso ler eles antes.
O livro conta a história de algumas pacientes que se encontravam em relacionamentos onde elas davam demais; carinho, cuidado, dinheiro; e recebiam pouco em troca. O que geralmente as mantinha nesses lugares era justamente uma habituação tão grande com esses papéis de cuidadoras, algo que havia começado muito antes dos relacionamentos amorosos.
Como tentativas desesperadas de conseguir amor, elas trocavam os pés pelas mãos e tentavam controlar o amado para “ajuda-lo” na expectativa que a recompensa fosse o amor que elas tanto precisavam. O que conseguem são relacionamentos cheios de altos e baixos, muita frustração, e cada vez menos auto estima.
A autora fala de estratégias que podem ser aplicadas quando você se vê dentro desse padrão de relacionamentos. Vendo o progresso de cada paciente através do cuidado próprio e da auto valorização, juntamente com a busca de uma rede de apoio mais eficiente para enfrentar as dificuldades cotidianas e formas mais assertivas de receber amor.
Cuidar de si implica, primeiramente olhar para si. Focar excessivamente no outro é uma estratégia comum para não olhar para as próprias dificuldades. Porém quanto mais se mergulha no outro, mais longe fica de si. Não é de se espantar que o sentimento mais comum nesses casos é a solidão, falta do outro gera carência, mas solidão é falta de si mesmo.